OLÉ!

Nos dias 27 e 28 do passado mês de Fevereiro ocorreu o OLÉ TUNAS, o festival da TAESEAH.

Não serei propriamente a pessoa mais isenta de influências - provavelmente não - para comentar o que se passou durante esses dias, mas acho que tenho a destreza suficiente para me abstrair destas interferências e fazer um comentário imparcial e sem "papas na língua".

O final de um festival de tunas é normalmente marcado por uma série de comentários - uns mais felizes do que outros - sobre quem ganha ou quem deixa de ganhar o que quer que seja. É assim, todos gostamos de ser os melhores, é inato.

O VII OLÉ TUNAS fica marcado pela alegria e pela festa, porque em termos de distribuição de prémios, assistimos a “mais do mesmo”, ou seja, uma divisão destes de uma forma mais ou menos homogénea (salvo casos extremos, em que se houvesse entrega de prémios seria uma autêntica chacota).

Não ponho em questão a capacidade musical ou de avaliação do júri, até porque conheço algumas das pessoas que o constituíram, bem como as suas mais valias musicais, mas o que é certo é que no final de contas, acabou por ser o mesmo...

Creio que o hábito já criado em festivais transactos, aliado à influência preponderante de mentalidades jurássicas, terão sido a razão principal para o sucedido. Ao fim ao cabo, todos nós sabemos que em caso de igual distribuição de opiniões, é o presidente do júri quem dá o veredicto final, e portanto é preciso escolher alguém competente para o cargo.

A meu ver, a denominação de festival é algo que, para além de todo o espírito académico e boémio que tem, incumbe a existência de um nível competitivo que à partida deverá premiar as tunas cuja prestação se evidenciou de algum modo. Há que ser cru e verdadeiro neste capítulo. Se o objectivo é fazer uma festa rodeada de frenesim académico, sem que haja competição e sem que ninguém fique mais feliz ou triste porque ganhou, ou não, qualquer coisa, então o melhor será mudar o nome de festival para encontro!

Os Tunalhos tiveram bem. Deu-se umas gaitadas valentes!

Cumprimentos a todos os que participaram e organizaram o festival, e oxalá que para o ano o certame seja melhor.

PS: Já agora, pegando na raiz etimológica da palavra solista, apercebemo-nos que esta deriva de solo, ou seja, só, per si, nada que tenha que ver com duo ou dueto!

PS2: Esta é uma opinião pessoal, embora possa ser subscrita!